11 de out. de 2011

PAKISSA

NINO BELLIENY

A pele clara resultante da mistura rara entre Brasil e Bolívia, montanhas e planícies, rios e vales, florestas e altiplanos dos dois países estão em Pakissa, a doce força da natureza latina no corpo de mulher e menina, ela é tudo e muito mais. 
O sorriso meio-a-meio, mistério e encanto sério de quem vai dominar o mundo. Pakissa, de algum dialeto direto das montanhas bolivianas, dileta filha das águas, condor nas alturas, riacho que desce cantando em busca de outro até formar um grande rio e chegar ao Pacífico. 
Seus olhos rasgados em elipse, soltam chispas e incendeiam sem fazer força. Tudo nela brilha e só não percebem os que estão cegos pelo egoísmo e a pressa de conquistar apenas corpos e satisfazer desejos. Pakissa é muito mais do que só uma linda mulher. O rosto bonito é fantástico por exatamente transmitir o que a alma exala e o espírito anuncia. 
Nem ela sabe direito que é assim, delicada nos defeitos, imperfeita nas qualidades, dona de tanta energia acumulada e uma certa tristeza indisfarçável, porém compreensível e possível de ser vencida. 
Nem ela sabe a força que tem, o encanto que possui, o bem que espalha ao redor. Não é preciso muito tempo para perceber quem ela é. Mas é necessário uma eternidade para usufruir tanta beleza que dela nasce. 
A vida passa, Pakissa não.

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