24 de out. de 2011

O SÓLIDO ESTADO GASOSO DA DISTÂNCIA

Quando a mensagem chegou via Internet, percebeu-se claramente o quanto o tempo havia passado.
Pelo tom triste das palavras bem encadeadas em frases delicadas, pelo aroma invisível e impossível de ser esquecido de cabelos molhados de chuva e shampoo.
Agora, olhando para uma tela fria e luminosa, enchendo os olhos d’água do grande mar do afastamento sem nenhum motivo, sem nenhuma razão mais forte.
Separações tornaram-se normais como se fossem apenas intervalos comerciais ou filmes que ganham continuidade.
Mas nem sempre há uma segunda parte e histórias bonitas cheias de vida e potencial de bilheteria naufragam, vivendo apenas num roteiro que jamais será produzido.
NINO BELLIENY

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