16 de out. de 2011

E VOCÊ NEM PRECISA SABER

NINO BELLIENY

A lágrima que brilha logo vai secar
Assim que as ondas murmurarem o seu nome
Dentro dos sonhos mais impossíveis.
Seus olhos de alvorada incendiarão a manhã
Do novo dia apressado e faminto
Por outras histórias na areia
Que os dedos não puderam segurar.

Tristezas voarão para bem longe
Nas asas do passarinho cuja gaiola
Alguém cuidadosamente deixou aberta

Não há nuvens escuras no telhado do céu
Seus olhos de alvorada espantam
Mágoas que são aves de rapina
Prontas para devorarem corações felizes.

Nem tudo está confuso, nada ainda é perdido
Anjos vão sussurrar melodias em seus ouvidos
Aquelas que depois os ventos espalharão
Sobre o oceano iluminado de estrelas.

Nas pedras das ruas
Nas folhas frias do outono
Naquele que não esquece
No silêncio do tempo voraz

O som do seu nome será como uma prece
E nada haverá igual em todo o universo.

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