26 de set. de 2011

NADA

NINO BELLIENY
Meus problemas não me entristecem. São ínfimos diante do casal dormindo sobre papel na calçada da Catedral ao meio-dia onde cds piratas de música sacra são vendidos. 
Pessoas invisíveis entram, rezam e saem.
Ao redor a fome, mesmo com tanta propaganda oficial querendo me convencer do contrário. Dentro, a sensação de nada em mim, operário da palavra, consciente cidadão sem ser. Isso sim, me entristece.

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